Vai, vem... Vai, vem...
Maré alta, maré baixa... Maré alta, maré baixa...
Tic, tac... Tic, tac...
Se tudo neste mundo segue este ciclo, porque fugiriam a minha Vida e a minha Sorte à regra?
A vontade de arranjar problemas será assim tão grande?
Passei todos os meses do último ano lectivo atarefado, completamente inundado em trabalho e dedicação, sem conseguir descansar o corpo e a mente. Isso tornou-me mais forte, com menos probabilidade de ceder a distracções. E posso dizer que valeu a pena, fui recompensado no final (vá lá, ainda há certas coisas que são minimamente justas, quando nos asseguramos que os injustos não intervêm).
No entanto, a par de todas as tarefas do meu último ano do ensino secundário, o maldito Amor atacou há uns tempos. Conheci pessoas novas, que se mostravam óptimas pessoas e tudo mais, mas que no final não passaram de aparências. Vou falar daquela com quem estive de forma mais próxima, tendo tido uma espécie de "amizade colorida".
Demo-nos sempre muito bem, adaptámo-nos de forma única um ao outro, de tal forma que fomos juntos ao Baile de Finalistas. Foi uma noite maravilhosa, sem percalços, e descrita por essa pessoa como sendo "a melhor noite da minha vida" (tenho uma mensagem a provar a veracidade da afirmação).
Contudo, aproximadamente dois dias depois desta noite perfeita, ela diz-me "Olá" através de uma rede social, e começa a falar sobre ter deixado avançar muito as coisas sem saber o que quera, e afins... Quando dou por mim, estou estilhaçado e ela está nos braços de outro. Pois, noite perfeita, mas dois dias e já lá vai... Eu compreendo, também (não) sou assim...
Mas isto nem foi o pior/melhor! Há uma semana mandou-me uma mensagem por telemóvel, a perguntar o porquê de ter ficado tanto tempo sem dizer nada! (P.S.: a partir daquele dia não lhe dirigi mais a palavra, não perdoo destruição de corações.)
Respondi tudo o que era preciso ser dito, e depois sou mal tratado com novas mensagens, por telemóvel e nas redes sociais, sendo inclusivamente chamado de criança...
Já percebi, os adultos traem e fazem sofrer, as crianças tratam os adultos bem, fazem-nos viver contos de fadas, e levam com os pés. Hmm, fixe, posso viver com isso... desde que não me apareçam mais à frente, sob pena de ouvirem o que querem e o que não querem...
A juntar a situações de loucura do género, amigos começam a dizer que eu os insultei quando na verdade fiz elogios, dizem coisas que nunca tolerei ouvir, sem fundamento, e afins...
Mas quem arca sempre com as culpas, quem é? Exacto! A criança!... A.K.A., aparentemente por Eu Mesmo...
Felizmente posso bem com isso. Sei quem sou, sei o que faço, e o que quero fazer. O que pensam de mim não me importa.
Enfim, alguém me arranja uma seringa? Acho que este Mundo precisa de levar uma injecção de moralidade, daquelas bem fortes... Hmm, e se calhar um espelho também não faria mal, há quem precise de se ver bem antes de falar...
Mas, como disse no início, há sempre uma onda ou maré positiva! Tirei a carta, e sinto-me muito bem com isso, para além de ter encontrado pessoas brutais, de quem começo a gostar muito de ser amigo, e que espero nunca perder.
Bem, no fim o que me resta afinal? Os amigos, as minhas Estrelas Brilhantes, aqueles que são mais humanos que os outros. Conto convosco, até me mandarem embora, e nãp precisa de ser por palavras.
Espero mesmo manter os novos amigos, desenvolver aquela em particular, e vemo-nos em breve!
Vou dormir, esquecer e ignorar tudo isto, e recomeçar o dia, como se estes últimos não tivessem existido.
Vou meditar e consertar-me.
Vou reflectir sobre o Mundo e sobre Mim, e esbater os defeitos que estiverem ao meu alcance.
Vou continuar a lutar!