Quais são os sintomas da loucura?
Não vou pesquisar no google, porque o resultado vai sair completamente ao lado de certeza, mas sinto que é isso que eu tenho.
Passou tanto tempo. Resolvi na minha cabeça as coisas tantas vezes. Fechei o assunto.
E, no entanto, ao fim deste tempo de descanso do assunto, decidiste entrar na minha cabeça inúmeras vezes este mês.
Eu não sei o que fazer, só me sinto sem controlo de todos os aspetos da minha vida, e controlo era aquilo que antes era o meu ponto forte.
Como conseguirei voltar ao que era?
Sinto-me perdido nas minhas próprias tretas, o mundo à minha volta parece estar a rodar desenfreadamente, o ruído do dia-a-dia é insuportável. E agora retornas, ao fim de tantas vezes já te ter renunciado.
Quero cortar essa linha que me prende a tanta coisa, quero voltar ao silêncio.
Quero voltar ao caos de antigamente, não a esta desordem sem sentido e contínua.
Tenho os ingredientes para estar bem, e, contudo, estou no meu pior estado desde que tenho memória.
Os meus amigos, a quem ajudei e ajudo com todo o gosto e sem esperar nada em troca a não ser amizade, ignoram-me quando realmente preciso.
Afinal com o que é que posso contar neste mundo?
Achei que um dia iria haver o outro lado da balança, mas cada vez o futuro parece pender mais para o lado sombrio.
Não sei mesmo o que fazer mais.
Vou-me deitar, voltar à rotina amanhã, nesta que é a semana em que entro no quarto de século desde que nasci.
Ler uns capítulos.
Meditar, fechar os olhos, alinhar-me com o que ainda estiver em equilíbrio aqui dentro.
Pode ser que surja alguma iluminação.
E que este desabafo faça sentido amanhã.
Ou que tenha valido a pena.
Boa noite.
domingo, 20 de maio de 2018
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
A Minha Natureza
Não sei o que tem sido a causa, mas tenho a certeza que a Natureza tem estado por detrás de tudo.
Qual Natureza ao certo, eu também não sei, mas uma delas deve ser. A Mãe Natureza, gentil e implacável, ou talvez a Natureza Animal, governada pelos instintos e irracional, ou quiçá a própria Natureza Humana, consciente e persistentemente em sofrimento.
O que eu sei é que ela fez o seu trabalho mais eficiente: o de encontrar o meu ponto mais fraco, nos momentos em que menos esperava.
Tiros certeiros na barragem, naqueles pontos que se propagam em rachadelas ameaçantes, e que um dia se juntam umas com as outras e fazem a água transbordar e inundar todos os vales circundantes.
E de cada vez que a água transborda, o humano constrói a barragem um pouco mais abaixo, para tentar parar e aguentar um pouco mais, mas eventualmente a Natureza reclama o que é seu.
E é isso que eu sinto neste momento, e que senti nas últimas semanas (quiçá meses), sem me ter apercebido ao certo do que se tratava.
De cada vez que a barragem foi abaixo, menos material era usado na barragem seguinte.
Um bocado de mim é arrancado por mim mesmo, para tentar curar um pouco mais rápido a dor, mas isso deixa cada vez menos bocados por arrancar.
E para evitar isso, obrigo-me a parar de sentir, obrigo-me a ser vazio e gelado.
E eu estou farto de estar e ser assim.
Eu não era assim, eu era capaz de sentir algo mais além de vazio e raiva e mágoa.
Eu gostava de poder recuperar o controlo da vida que me foi dada, e que apenas irei ter em meu poder uma vez.
Sei que não posso deixar que a tua perda e a dor da Alma do passado tenham as rédeas sobre mim, mas eu já não sei o que fazer.
Estou deitado desde que cheguei a casa do trabalho, e só quero conseguir desligar e voltar ao que era.
Natureza, podemos fazer isso?
Eu quero, só não tenho energia.
Tu queres, mas também não a tens.
Natureza, deita-te comigo e vamos ficar a olhar para este ecrã os dois...
Pode ser que consigamos.
Qual Natureza ao certo, eu também não sei, mas uma delas deve ser. A Mãe Natureza, gentil e implacável, ou talvez a Natureza Animal, governada pelos instintos e irracional, ou quiçá a própria Natureza Humana, consciente e persistentemente em sofrimento.
O que eu sei é que ela fez o seu trabalho mais eficiente: o de encontrar o meu ponto mais fraco, nos momentos em que menos esperava.
Tiros certeiros na barragem, naqueles pontos que se propagam em rachadelas ameaçantes, e que um dia se juntam umas com as outras e fazem a água transbordar e inundar todos os vales circundantes.
E de cada vez que a água transborda, o humano constrói a barragem um pouco mais abaixo, para tentar parar e aguentar um pouco mais, mas eventualmente a Natureza reclama o que é seu.
E é isso que eu sinto neste momento, e que senti nas últimas semanas (quiçá meses), sem me ter apercebido ao certo do que se tratava.
De cada vez que a barragem foi abaixo, menos material era usado na barragem seguinte.
Um bocado de mim é arrancado por mim mesmo, para tentar curar um pouco mais rápido a dor, mas isso deixa cada vez menos bocados por arrancar.
E para evitar isso, obrigo-me a parar de sentir, obrigo-me a ser vazio e gelado.
E eu estou farto de estar e ser assim.
Eu não era assim, eu era capaz de sentir algo mais além de vazio e raiva e mágoa.
Eu gostava de poder recuperar o controlo da vida que me foi dada, e que apenas irei ter em meu poder uma vez.
Sei que não posso deixar que a tua perda e a dor da Alma do passado tenham as rédeas sobre mim, mas eu já não sei o que fazer.
Estou deitado desde que cheguei a casa do trabalho, e só quero conseguir desligar e voltar ao que era.
Natureza, podemos fazer isso?
Eu quero, só não tenho energia.
Tu queres, mas também não a tens.
Natureza, deita-te comigo e vamos ficar a olhar para este ecrã os dois...
Pode ser que consigamos.
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
Obrigado pelo Amor
Não sei o que dizer ao certo...
Nestes dias sinto verdadeiramente que uma parte de mim me foi arrancada e me deixou completamente devastado.
A notícia de que não te vou ver mais, abraçar ou tocar foi algo que para não estava pronto para receber...
Sabia que ia acontecer eventualmente, mas achei que tínhamos tempo...
E agora nem me pude despedir de ti.
E na última vez que estivemos juntos, entraste no elevador enquanto eu olhava da porta de casa, e nem me apercebi que poderia nunca mais te encontrar.
Estou devastado por dentro, perdi uma fonte de amizade e amor incondicional da minha vida, que me acompanhou desde que me lembro.
Dei-te leite à boca enquanto eras bebé, vi-te a arrastar pelo chão por não teres força para te levantares, adorei ver-te sonhar no meu colo...
Vi-te crescer, e amei cada momento que passámos juntos, até nestes últimos anos em que estive longe, e em que quando ia até aí, tu já não me conseguias ver, por teres os olhos nublados...
Vou sofrer por uns tempos, continuar a deixar as lágrimas saírem ao fim do dia, mas fico feliz por saber que não sofreste e que simplesmente adormeceste na tua cama.
Obrigado por me teres ensinado o que é amar realmente.
Obrigado por me teres amado de volta sem questões.
Obrigado por me teres feito companhia todos estes anos.
Vou ter saudades tuas...
Nestes dias sinto verdadeiramente que uma parte de mim me foi arrancada e me deixou completamente devastado.
A notícia de que não te vou ver mais, abraçar ou tocar foi algo que para não estava pronto para receber...
Sabia que ia acontecer eventualmente, mas achei que tínhamos tempo...
E agora nem me pude despedir de ti.
E na última vez que estivemos juntos, entraste no elevador enquanto eu olhava da porta de casa, e nem me apercebi que poderia nunca mais te encontrar.
Estou devastado por dentro, perdi uma fonte de amizade e amor incondicional da minha vida, que me acompanhou desde que me lembro.
Dei-te leite à boca enquanto eras bebé, vi-te a arrastar pelo chão por não teres força para te levantares, adorei ver-te sonhar no meu colo...
Vi-te crescer, e amei cada momento que passámos juntos, até nestes últimos anos em que estive longe, e em que quando ia até aí, tu já não me conseguias ver, por teres os olhos nublados...
Vou sofrer por uns tempos, continuar a deixar as lágrimas saírem ao fim do dia, mas fico feliz por saber que não sofreste e que simplesmente adormeceste na tua cama.
Obrigado por me teres ensinado o que é amar realmente.
Obrigado por me teres amado de volta sem questões.
Obrigado por me teres feito companhia todos estes anos.
Vou ter saudades tuas...
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