sábado, 24 de dezembro de 2016

Navegando Livremente

Esta semana foi o solstício de Inverno.

O dia mais curto do ano...

Verdade, no que diz respeito às estações do ano, mas para mim estes foram dias demasiado longos...

Estar sentado no exato local em que as coisas descarrilaram, com a Mente livre demais para vaguear por esses mares atormentados...

Mas sei que do outro lado do cabo há todo um Novo Mundo para explorar.

As possibilidades são infinitas, desde que me liberte dos meus monstros.

Por muito aterrador que o Adamastor seja, sei que tenho uma chama dentro de mim capaz de o obliterar, e de fazer as nuvem da tempestade desaparecer até o Sol brilhar acima de tudo.

E é para esse cenário que me dirijo.

A chama irá arder livremente.

Não posso mais prender-me a mim mesmo a isto tudo.

Preciso de mandar as correntes e as âncoras borda fora.

Quero ser livre novamente.

E vou ser.

E sei que chegarei à minha Índia em breve.

Pelo menos vou remar para isso!

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Não Quero Mais...

Não consigo perceber como ainda estás na minha cabeça...

Todos os dias, em alguma parte do dia (normalmente mais que uma até), o meu pensamento foge instintivamente para a tua cara.

Lembro-me de cada pormenor, do teu cheiro, do teu toque, dos nossos momentos juntos... Tudo com tanta clareza que me magoa ainda como se tivesse sido ontem.

Como podes ter dito que isso não é gostar de alguém?

Como pode isso não ser Amor?

Como poderei eu nunca te ter amado?

Tento empurrar esses momentos e lembranças para o fundo da minha mente, mas és-me tão natural, encaixas tão bem na minha vida, que não te consigo esquecer simplesmente.

Já tentei, mas como se força algo que ficou entranhado em cada célula do meu corpo a desaparecer?

Não consigo olhar para uma fotografia tua ainda, sinto demasiada dor.

Já nos cruzámos, e o meu coração parou várias vezes, e acelerou descontroladamente quando te aproximaste de mim.

Já te observei quando tu nem sabias que olhava para ti, e custou-me tanto, mas tanto, não ter ido ter contigo e ter-te dado um beijo...

Mas foste tu que me afastaste, por muito que digas que a culpa foi minha.

Culpa de quê? Ainda não sei...

Eu li as tuas mensagens.

Doeu-me muito ler aquelas palavras tão injustas que alguém que dizia gostar de mim me disse.

Não te consigo responder ainda, porque isso vai fazer com que me caiam demasiadas lágrimas, e já me fizeste chorar demasiado.

Mas a culpa continua a ser minha.

Eu é que nunca gostei de ti, mesmo após ter feito tanto para que nós resultássemos.

Nem chegaste a dar uma oportunidade. Decidiste acabar tudo quando estávamos a quase 300 quilómetros de distância um do outro. Pelo facebook.

Nem um telefonema?

Isso é gostar de alguém?

Se isso for amar alguém, então tens razão, não gostei de ti...

Não por esses moldes.

Eu amei-te verdadeiramente.

Ainda o faço...